O turismo tá mudando, e Japaratinga tem tudo pra sair na frente!


Bora falar de coisa boa! Aqui vai um resumão arretado, bem mastigado, pra gente de Japaratinga entender como o futuro do turismo tá virando e como isso pode dar certo por aqui. Vou usar o relatório da Mintel “2026 Global Consumer Predictions” como base, conectar com o Brasil e ainda trazer para o nosso cantinho.

O que o relatório mostra

A Mintel, empresa mundial de pesquisas de mercado, lançou em outubro de 2025 o relatório “2026 Global Consumer Predictions”, que traz três grandes forças que vão moldar como as pessoas vão consumir e viver até o fim da década.  Essas três forças são:


  1. Anti-Algorithm – ou seja, o cansaço com algoritmos, filtros, automações que mandam no que vemos e fazemos.  
  2. The New Young – a ideia de que “ser jovem” ou “ter vida segunda/terceira” muda: as pessoas querem viver mais, com propósito, sem seguir só o roteiro antigo.  
  3. Affection Deficit – em meio à tecnologia e à vida digital, sentimos falta de contato humano, vínculo de verdade, experiências que toquem.  

Ligando para o turismo, e para Japaratinga

Agora, como isso se aplica ao turismo — e mais: como Japaratinga pode surfar essa onda — vamos despedaçar cada força no nosso jeitinho.

1. Anti-Algorithm

Aqui o recado é simples: as pessoas tão cansadas de “viagem programada, tudo pelo algoritmo, tudo padronizado”. Querem mais ser livres, mais serem autores da própria experiência. No relatório: “consumers will seek more human, intuitive experiences” ao invés de só seguirem o que o sistema manda. 

Pra Japaratinga, isso significa: não basta oferecer “pacote padrão” de praia + hotel. A gente pode promover experiências com pegada local, com pessoas de Japaratinga contando histórias, roteiros alternativos (um passeio de jangada diferente, conhecer comunidades de pescadores, vivência cultural), deixar o turista participar, sentir que está fazendo algo “meu”.

Assim, o turismo aqui se torna autêntico e não “mais do mesmo”. A comunidade de Japaratinga vira parte desse diferencial.

2. The New Young

A gente às vezes acha que “turismo” é coisa de gente jovem, ou só de aposentados indo “ver o mundo”. Mas o relatório mostra que “ser jovem” virou conceito mais flexível: pessoas de 30, 40, 50 anos querem viver bem agora, reinventar, experimentar. 

Para Japaratinga, significa que não é só “resort de férias rápidas”. Pode-se criar pacotes de bem-estar, retiros de propósito (quem quer se desligar dos trâmites da cidade grande), viagens que combinem descanso + aprendizagem + mudança de ritmo. Tipo: “vem pra Japaratinga, aprende sobre pesca artesanal, participa de oficina de culinária local, relaxa na praia”.

Assim, nosso turismo se abre para um público mais amplo, que não quer só “praia e sol”, mas “experiência de vida”.

3. Affection Deficit

Vivemos na era digital, o relatório alerta que “o toque humano” tá virando luxo. Máquinas e apps facilitam a vida, mas tiram o contato. As pessoas querem vínculo, conexão verdadeira. 

No contexto de Japaratinga, isso vira oportunidade: o diferencial pode ser o acolhimento — o dono da pousada que conta a história da família, a guia local que mostra canto pouco conhecido, o momento de troca com comunidade. Quando o turista sente “sou bem-vindo aqui, daqui sou parceiro”, isso gera lembrança, indicação, boca-a-o-ouvido.

Então: investir em serviço humano, simplicidade, autenticidade, felicidade de estar junto — isso conta tanto quanto “infraestrutura de luxo”.

Por que isso importa pra Japaratinga agora

  • Porque Japaratinga tem o santo-graal do turismo autêntico: natureza linda, gente acolhedora, comunidade, cultura local.
  • A força “Anti-Algorithm” significa que a gente pode valorizar o que não é padronizado — roteiro “igual a todos” não segura mais.
  • A “New Young” abre o leque de públicos: não só jovens mochileiros ou famílias padrões, mas pessoas que querem “talvez uma pausa”, “talvez se reinventar”, “talvez desligar”.
  • O “Affection Deficit” diz que o turista vai pagar pela humanização, pelo sentimento, por aquilo que não se automatiza. Então comunidade, hospitalidade, pequenas experiências fazem a diferença.
  • Em resumo: Japaratinga pode se posicionar como destino que une humano + local + experiência com alma — e isso, meu amigo, é ouro nessa nova era.
Por Adriano Monteiro / Fala Japaratinga



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